O Retrato de Elza
A descrição de Fräulein no romance "Amar, verbo intransitivo", de Mário de Andrade
978-3-639-89722-7
3639897226
112
2013-09-05
49.90 €
por
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Há uma passagem no romance Amar, verbo intransitivo na qual se pode destacar a escolha pelo diminuto, o “sublime pequenino”, concepção de Mário de Andrade acerca da tradição barroca brasileira de Aleijadinho diante da monumentalidade do Barroco europeu. Trata-se da descrição de Elza, na obra, classificada pelo próprio autor paulistano como “idílio” e não como “romance”, trecho em que um “descritor” compõe a representação da personagem alemã por via de dois quadros de Rembrandt, somados às referências dos escultores gregos Scopas e Lísipo, e à sensualidade de Lucas Cranach. Tal descrição evidencia um Mário de Andrade teórico na obra de ficção marcada pela incidência informal da empatia worringeriana como identificação cultural entre o deformismo da vanguarda alemã e o Barroco brasileiro. O Retrato de Elza capta a identidade da arte brasileira em uma personagem estrangeira e “fotografa” a união de literatura e artes plástica sob os impactos da sensorialidade modernista.
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